quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sumol


Sumol

Lançamento: 1954 (58 anos)

Fabricante: Sumol+Compal Marcas, S.A.
Sumol é uma marca de refrigerantes produzida em Portugal pela Sumol+Compal e vendida em mais de 60 países. É uma bebida de sumo de fruta pasteurizada e levemente gaseificada, com a polpa do fruto em suspensão e sem corantes nem conservantes, em vários sabores.  A sua comercialização é realizada em embalagens de consumo individual de 0.25L, 0.30L, 0.33L, 0.5L, 1.5L e 2.0L, e consumo exclusivo no ponto de venda.
História
Em 1945 um grupo de amigos decidiu abrir, com pouco mais de 100 mil escudos (cerca de 500 euros), uma pequena fábrica em Algés dedicada ao fabrico de gelo, laranjadas e gasosas, a Refrigor, Lda. Cinco anos depois, a pequena empresa recebeu a entrada de um novo sócio, António João Eusébio, que viria a transformar a empresa graças ao seu espírito empreendedor e invulgar capacidade de inovação para a época.

A fórmula de Sumol Laranja, a primeira bebida de sumo de fruta pasteurizada a surgir em Portugal, foi criada em 1954, tendo sido oficialmente apresentada aos consumidores no início do verão desse ano, numa garrafa de vidro pirogravada de 0.25L, na esplanada do café Caravela D’Ouro, em Algés. A marca seria registada a 20 de Dezembro de 1954. Quatro anos depois, em 1958, surge o Sumol Ananás, sendo a diferenciação feita pela cor da carica da garrafa: cor de laranja para o sabor laranja e verde para o ananás.

 A Sumol foi a primeira bebida não alcoólica portuguesa a adotar uma estratégia de marketing moderna. Numa época em que apenas se fazia propaganda em jornais, letreiros ou nos toldos dos locais de venda, a Sumol espalhou cartazes com slogans por todo o país e em 1965 lança um anúncio de televisão que se mostra diferenciador: "Um gato é um gato, um cão é um cão. Sumol é aquilo que os outros não são". Na década de 1970, a popularidade da marca era tal que chegaram a existir vinte imitações de Sumol (Supol, Sumolara, Frutex, entre outros), algumas das quais chegaram mesmo a reutilizar garrafas de Sumol com um rótulo colado sobre o espaço pirogravado. O segundo anúncio de televisão surgiria em 1978, tendo sido escolhida pela primeira vez uma figura mediática para a apresentação da marca, o humorista Herman José.

Na década de 1980 são introduzidos novos formatos de embalagem, nomeadamente as latas de 0.33L e as garrafas de plástico de 1.5L e 2L, tendo a Sumol sido a primeira marca em Portugal a lançar um formato nesse material. A primeira aproximação da marca ao segmento jovem ocorreu também nessa altura, com o anúncio "Stôra, como é que se diz Sumol em inglês?"

A década de 1990 foi de viragem para a Sumol, com a primeira grande mudança de imagem da marca a acontecer em 1991 com a adopção de rótulos com riscas nas garrafas de vidro de 0,25L. Com este novo visual, as tradicionais garrafas de vidro pirogravadas são definitivamente abandonadas e as cores verde e vermelho começam a assumir-se como uma das principais características associadas à imagem da marca. Em 1994 surge o primeiro dos novos sabores, Sumol Maracujá, mais de 35 anos após o lançamento dos sabores tradicionais. A marca deu igualmente seguimento à sua aposta no segmento jovem, estabelecendo logo no início de 1990 um acordo de patrocínio com a banda rock Xutos & Pontapés para uma digressão pelo país com quarenta atuações ao vivo, que marcou a entrada da marca no meio musical, e lançando duas campanhas publicitárias (1993/1997) protagonizadas por Alex, um cão inteligente e cúmplice do seu dono no prazer de beber Sumol. Os anúncios e o slogan "Alex, busca!" ficaram de tal forma gravados na mente dos portugueses que ainda hoje muitos associam Sumol às campanhas publicitárias do Alex. Foi igualmente nessa altura que a marca deu início ao lançamento de passatempos em que são oferecidos prémios aos consumidores de Sumol.
No início da década de 2000 a marca apostou na consolidação da sua posição no segmento jovem, procedendo a duas novas mudanças na sua imagem (2000, 2003) e lançando em 2000 a campanha Sumol SKA, cujos anúncios usavam um jingle interpretado pela banda ska Despe e Siga. A partir dessa altura, a marca iniciou um novo ciclo com novidades quer em termos de lançamentos quer em termos de comunicação. Para além do lançamento em 2006 do Sumol Manga e de uma nova linha de refrigerantes destinados especificamente ao segmento jovem, Sumol Z (Zero), que transmitia a mensagem de produto saudável sem nenhuma perda de sabor, são lançadas diversas edições especiais orientadas para esse segmento, como o Sumol Ice Manga-Mint (2004) e o Sumol Intense (2007). Em termos de comunicação com os consumidores, foi lançada em 2003 a campanha Sumólicos Anónimos, que introduziu o conceito dos Sumólicos, fãs de Sumol que defendem a marca e mostram aos outros o porquê de ser uma marca de culto, e em 2004 a marca começou a patrocinar eventos musicais, tais como o Rock in Rio Lisboa (2004, 2006, 2008), o Sumol Lisboa Parade (2005), as Ice Beach Party's (2005) em parceria com a Cachaça 51, as Festas de Lisboa (desde 2009) e o Sumol Summer Fest (desde 2009), 2004 marcou igualmente o início da presença da marca no meio desportivo, com a criação dos Sumólicos Futebol Clube, um clube de futebol virtual que pretende unir todos os adeptos do futebol e Sumol independentemente do seu clube, associando-se a jogadores internacionais dos três maiores clubes portugueses: Deco, Tiago, Ricardo, Maniche e Miguel. A aposta nos desportos radicais teve início no ano seguinte, com o patrocínio de campeonatos e reconhecidos atletas de bodyboard (João Barciela, Teresa Duarte) e kitesurf (Francisco Lufinha), parcerias com campeonatos e escolas de surf, o patrocínio da etapa Porto/Gaia da Red Bull Air Race World Series (2008) e a organização do Sumol SnowTrip (2009) em Pas de la Casa, Andorra, no qual participaram 2 500 estudantes finalistas do ensino secundário.[1][2] Entre 2005 e 2009 a marca associou-se igualmente à série juvenil Morangos com Açúcar, surgindo neste contexto a edição especial Sumol Morango e o passatempo Endless Summer, que teve como como prémio final uma participação especial na série. Cada vez mais ligada ao segmento jovem, a marca rejuvenesceu novamente a sua imagem em 2008 e lançou uma campanha retratando os jovens de hoje, diferentes na forma de estar mas unidos pelo sabor: "Hippies com Skaters, Góticos com Reaggers, Punks com Betos, Heavis com Surfistas e Rockabillys com Rappers'".
No início da década de 2010 a Sumol procurou transmitir um novo posicionamento da marca, lançando em 2010 o manifesto "Mantém-te Original", apelando aos portugueses para não se acomodarem nem conformarem, mantendo-se originais independentemente da idade. Este manifesto culminou na bem sucedida campanha "Um dia...", centrada na juventude como estado de espírito. Em 2011 a Sumol apresentou aos consumidores uma nova imagem inspirada na iconografia de 1954, em homenagem à história da marca.

Website: www.sumol.pt
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Rafael Bordalo Pinheiro


Rafael Bordalo Pinheiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro (Lisboa, 21 de Março de 1846 — 23 de Janeiro de 1905) foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor. O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma visibilidade nunca antes atingida. É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. Entre seus irmãos estava o pintor Columbano Bordalo Pinheiro.

Biografia

Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro , filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro (1815-1880) e D. Maria Augusta do Ó Carvalho Prostes, em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório e posteriormente matriculou-se sucessivamente na Academia de Belas Artes (desenho de arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo), no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática, para logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett embora nunca tenha vindo a fazer carreira como actor.

Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou por descobrir a sua verdadeira vocação, derivado das intrigas políticas dos bastidores.

Desposou Elvira Ferreira de Almeida em 1866 e no ano seguinte nasceu o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.

Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições realistas apresentando pela primeira vez trabalhos seus em 1868 na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. Paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.

Em 1875 criou a figura do Zé Povinho, publicada n'A Lanterna Mágica. Nesse mesmo ano, partiu para o Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879, tendo lançado O António Maria.

Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou a produção de louça artística na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.

Faleceu a 23 de Janeiro de 1905 em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, freguesia do Sacramento, em Lisboa.

O desenhador

Raphael Bordallo-Pinheiro deixou um legado iconográfico verdadeiramente notável, tendo produzido dezenas de litografias. Compôs inúmeros desenhos para almanaques, anúncios e revistas estrangeiras como El Mundo Comico (1873-74), Ilustrated London News, Ilustracion Española y Americana (1873), L'Univers Illustré e El Bazar. Fez desenhos em álbuns de senhoras, foi o autor de capas e de centenas de ilustrações em livros, e em folhas soltas deixou portraits-charge de diversas personalidades. Começou a fazer caricatura por brincadeira como aconteceu nas paredes dos claustros do edifício onde dava aulas o Professor Jaime Moniz, onde apareceram, desenhados a ponta de charuto, as caricaturas dos mestres. Mas é a partir do êxito alcançado pel'O Dente da Baronesa (1870), folha de propaganda a uma comédia em 3 actos de Teixeira de Vasconcelos, que Bordalo entra definitivamente para a cena do humorismo gráfico.

Dotado de um grande sentido de humor mas também de uma crítica social bastante apurada e sempre em cima do acontecimento, caricaturou todas as personalidades de relevo da política, da Igreja e da cultura da sociedade portuguesa. Apesar da crítica demolidora de muitos dos seus desenhos, as suas características pessoais e artísticas cedo conquistaram a admiração e o respeito público que tiveram expressão notória num grande jantar em sua homenagem realizado na sala do Teatro Nacional D. Maria II, em 6 de Junho de 1903 que, de forma inédita, congregou à mesma mesa praticamente todas as figuras que o artista tinha caricaturado.

Na sua figura mais popular, o Zé Povinho, conseguiu projectar a imagem do povo português de uma forma simples mas simultaneamente fabulosa, atribuindo um rosto ao país. O Zé Povinho continua ainda hoje a ser retratado e utilizado por diversos caricaturistas para revelar de uma forma humorística os podres da sociedade.

Foi ele que se fez "ouvir" com as suas caricaturas da queda da monarquia.

O ceramista



Tendo aceitado o convite para chefiar o setor artístico da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha (1884), aí criou o segundo momento de renovação da cerâmica Caldense[1]. Raphael Bordallo-Pinheiro dedicou-se à produção de peças de cerâmica que, nas suas mãos, rapidamente, adquiriram um cunho original. Jarras, vasos, bilhas, jarrões, pratos e outras peças demonstram um labor tão frenético e criativo quanto barroco e decorativista, características, aliás, também presentes nos seus trabalhos gráficos. Mas Bordalo não se restringiu apenas à fabricação de loiça ornamental. Além de ter desenhado uma baixela de prata da qual se destaca um originalíssimo faqueiro que executou para o 3º visconde de S. João da Pesqueira, satisfez dezenas de pequenas e grandes encomendas para a decoração de palacetes: azulejos, painéis, frisos, placas decorativas, floreiras, fontes-lavatório, centros de mesa, bustos, molduras, caixas, e também broches, alfineteis, perfumadores, etc.

No entanto, a cerâmica também não poderia excluir as figuras do seu repertório. A par das esculturas que modelaram para as capelas do Buçaco representando cinquenta e duas figuras da Via Sacra, Bordalo apostou sobretudo nas que lhe eram mais gratas: O Zé Povinho (que será representado em inúmeras atitudes), a Maria Paciência, a mamuda ama das Caldas, o polícia, o padre tomando rapé e o sacristão de incensório nas mãos, a par de muitos outros.

Embora financeiramente, a fábrica se ter revelado um fracasso, a genialidade deste trabalho notável teve expressão nos prémios conquistados: uma medalha de ouro na Exposição Colombiana de Madrid em 1892, em Antuérpia (1894), novamente em Madrid (1895), em Paris (1900), e nos Estados Unidos, em St. Louis (1904).

O jornalista




Raphael Bordallo-Pinheiro destacou-se sobretudo como um homem de imprensa. Durante cerca de 35 anos (de 1870 a 1905) foi a alma de todos os periódicos que dirigiu quer em Portugal, quer nos três anos que trabalhou em terras brasileiras.

Semanalmente, durante as décadas referidas, os seus periódicos debruçaram-se sobre a sociedade portuguesa nos mais diversos quadrantes, de uma forma sistemática e pertinente.

Em 1870 lançou três publicações: "O Calcanhar de Aquiles", "A Berlinda" e "O Binóculo", este último, um semanário de caricaturas sobre espectáculos e literatura, talvez o primeiro jornal, em Portugal, a ser vendido dentro dos teatros. Seguiu-se o "M J ou a História Tétrica de uma Empresa Lírica", em 1873. Todavia, foi "A Lanterna Mágica", em 1875, que inaugurou a época da actividade regular deste jornalista "sui generis" que, com todo o desembaraço, ao longo da sua actividade, fez surgir e também desaparecer inúmeras publicações. Seduzido pelo Brasil, também aí (de 1875 a 1879) animou "O Mosquito", o "Psit!!!" e "O Besouro", tendo tido tanto impacto que, numa obra recente, intitulada "Caricaturistas Brasileiros", Pedro Corrêa do Lago lhe dedica diversas páginas, enfatizando o seu papel,,,,

"O António Maria", nas suas duas séries (1879-1885 e 1891-1898), abarcando quinze anos de actividade jornalística, constitui a sua publicação de referência. Ainda fruto do seu intenso labor, "Pontos nos ii" são editados entre 1885-1891 e "A Paródia", o seu último jornal, surge em 1900.

A seu lado, nos periódicos, estiveram Guilherme de Azevedo, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, João Chagas, Marcelino Mesquita e muitos outros, com contributos de acentuada qualidade literária. Daí que estas publicações constituam um espaço harmonioso em que o material textual e o material icónico se cruzam de uma forma polifónica.

Vivendo numa época caracterizada pela crise económica e política, Raphael enquanto homem de imprensa soube manter uma indiscutível independência face aos poderes instituídos, nunca calando a voz, pautando-se sempre pela isenção de pensamento e praticando o livre exercício de opinião. Esta atitude granjeou um apoio público tal que, não obstante as tentativas, a censura nunca logrou silenciá-lo. E, todas as quintas-feiras, dia habitual da saída do jornal, o leitor e observador podia contar com os piparotes costumeiros, com uma crítica a que se juntava o divertimento. Mas como era natural, essa independência e o enfrentar dos poderes instituídos originaram-lhe alguns problemas como por exemplo o retirar do financiamento d'O António Maria como represália pela crítica ao partido do seu financiador. Também no Brasil arranjou problemas, onde chegou mesmo a receber um cheque em branco para se calar com a história de um ministro conservador metido com contrabandistas. Quando percebe que a sua vida começa a correr perigo, volta a Portugal, não sem antes deixar uma mensagem:

".... não estamos filiados em nenhum partido; se o estivéssemos, não seríamos decerto conservadores nem liberais. A nossa bandeira é a VERDADE. Não recebemos inspirações de quem quer que seja e se alguém se serve do nosso nome para oferecer serviços, que só prestamos à nossa consciência e ao nosso dever, - esse alguém é um infame impostor que mente." ( O Besouro, 1878)

O homem de teatro




Busto em homenagem a Bordalo Pinheiro (Parque D. Carlos I, Caldas da Rainha).

Com 14 anos apenas, integrado num grupo de amadores, pisou como actor o palco do teatro Garrett, inscrevendo-se depois na Escola de Arte Dramática que, devido à pressão da parte do pai, acabou por abandonar. Estes inícios — se revelaram que o talento de Raphael Bordallo-Pinheiro não se direccionava propriamente para a carreira de actor — selaram, porém, uma relação com a arte teatral que não mais abandonou.

Tendo esporadicamente desenhado figurinos e trabalhado em cenários, Raphael Bordallo-Pinheiro foi sobretudo um amante do teatro. Era espectador habitual das peças levadas à cena na capital, frequentava assiduamente os camarins dos artistas, participava nas tertúlias constituídas por críticos, dramaturgos e actores. E transpunha, semana a semana, o que via e sentia, graficamente, nos jornais que dirigia. O material iconográfico legado por Raphael Bordallo-Pinheiro adquire, neste contexto, uma importância extrema porque permite perceber muito do que foi o teatro, em Portugal, nessas décadas.





Em centenas de caricaturas, Raphael Bordallo-Pinheiro faz aparecer o espectáculo, do ponto de vista da produção: desenha cenários, revela figurinos, exibe as personagens em acção, comenta prestações e critica 'gaffes'. A par disso, pelo seu lápis passam também as mais variadas reacções do público: as palmas aos sucessos, muitos deles obra de artistas estrangeiros, já que Lisboa fazia parte do circuito internacional das companhias; as pateadas estrondosas quando o público se sentia defraudado; os ecos dos bastidores; as anedotas que circulavam; as bisbilhotices dos camarotes enfim, todo um conjunto de aspectos que têm a ver com a recepção do espectáculo e que ajudam a compreender o que era o teatro e qual o seu papel na Lisboa oitocentista.

Noticias relacionadas:

Site oficial ceramicas Bordallo Pinheiro:
www.bordallopinheiro.pt

Museu Bordalo Pinheiro:
www.museubordalopinheiro.pt/

Cerâmica de Valadares




A Fábrica Cerâmica de Valadares, S.A. (FCV), está localizada na vila de Valadares, no concelho de Vila Nova de Gaia. Ocupa uma área total de 176.000m2, sendo 72.000m2 de construção, emprega actualmente cerca de 421 pessoas e foi fundada em 25 de Abril de 1921.

Ao longo da sua existência a “Valadares” dedicou-se sempre à produção de artigos cerâmicos, tendo-se iniciado com o fabrico de tijolo e telha, passando mais tarde a fabricar peças de grés cerâmico, louça decorativa, azulejos, mosaico, louça sanitária e acessórios cerâmicos para quarto de banho. Na década de 90, em resultado das mudanças verificadas no mercado e com a tendência mundial para a especialização dos produtores, foi tomada a decisão de centralizar todos os esforços, investimentos e conhecimentos adquiridos até aí na produção exclusiva de louça sanitária e acessórios cerâmicos para quartos de banho.

Para reforçar todo este empenho, está certificada desde Julho de 1999, de acordo com a série de Normas ISO 9000 (Modelo de gestão da qualidade na produção, instalação e assistência após-venda), pela APCER e foi a primeira empresa de sanitário na Europa, certificada pela série de Normas ISO 14000 (Sistemas de Gestão Ambiental), tendo obtido esta certificação em Abril de 2001. Recentemente (Junho/2006) integrou os dois sistemas num único passando a dispor de um Sistema de Gestão Integrada de Qualidade e Ambiente.

De então para cá, a FCV centrou a sua actividade na concepção e produção de artigos sanitários de elevada qualidade, apostando na sua capacidade de inovação e experiência tecnológica em cerâmica, para atingir uma postura de liderança no mercado.

Características, Produtos, Mercadorias, Serviços e Mercados

A Cerâmica de Valadares produz louça sanitária, em exclusivo, desde a década de 90. Ao longo destes anos tem procurado estabelecer parcerias com os fornecedores quer de matérias primas quer de mercadorias de forma a manter com estes relações de partilha de responsabilidades e benefícios. A especificidade do nosso produto no que respeita à absorção de água (normalizada internacionalmente a < 0,5%), resistência mecânica e fendilhagem, obriga a uma atenção constante para a utilização de matérias-primas de qualidade superior. Assim, pela ausência em Portugal de produtos convenientes, importamos de Inglaterra e França parte daquelas, sem prejuízo da utilização das nacionais nos casos em que isso é possível.

No que às mercadorias diz respeito, temos de as dividir em duas categorias: materiais complementares de casa de banho (torneiras, mecanismos, tampos, banheiras, materiais para deficientes, etc) e materiais cerâmicos em grês (lavatórios, bases de chuveiro, lava roupas, etc). Na primeira categoria, e à semelhança do que se passa com as matérias primas, a relação estabelecida com os fornecedores é de parceria desenvolvendo-se, na maioria dos casos, produtos exclusivos de marca VALADARES.

Quanto aos materiais cerâmicos, dado o crescente interesse do mercado por produtos inovadores, diferentes e de alguma forma associados a práticas "verdes" (em especial no caso do Norte da Europa para onde exportamos), a FCV decidiu investir parte do seu know-how no desenvolvimento de produtos de design em grés.

Desta forma surgiu uma nova Pasta (Gresanit) com características únicas do ponto de vista da qualidade e fiabilidade que permite abrir novos mercados e fundamentalmente disponibilizar uma alternativa simultaneamente segura do ponto de vista de utilização do produto e com o tão procurado design.



Fonte: http://www.valadares.com/